
Realizamos em agosto 2 únicas apresentações de nosso espetáculo DaTchau – rumo à estação GrandeAvenida na Mostra Engenho Mostra um Pouco do Que Gosta, na sede do Engenho Teatral em São Paulo.
Sinopse: Uma pessoa (de classe média) tenta escrever uma narrativa que dê conta dos tempos sombrios que está vivendo. Nesta tentativa ela sonha que um dia acorda indignada com o estado das coisas. E, no sonho, esta indignação a leva para a rua – para protestar. No início sozinha, depois coletivamente, em harmonia com outros indignados, toma um trem de metrô cujo destino é a estação GrandeAvenida, para onde está marcada uma grande manifestação. Durante a viagem as diferenças do coletivo indignado assumem o protagonismo, atiçam raivas e ódios e se transformam em conflitos oníricos. O sonho se transforma em pesadelo. E o destino final desta viagem será o do encarceramento deste coletivo num campo de trabalhos forçados.
Motivo inspirador do título: o Campo de Dachau
Dachau foi o primeiro campo de concentração regular para prisioneiros políticos assentado pelo governo Nacional Socialista, isto é, nazista, em 1933, no sul da Alemanha. A organização e rotina deste campo tornaram-se modelo para todos os que viriam depois.
Inicialmente, os internos eram alemães comunistas, socialdemocratas, sindicalistas e outros adversários políticos do regime nazista. Com o passar do tempo, outros grupos também foram encarcerados em Dachau, entre eles ciganos, homossexuais, Testemunhas de Jeová e aqueles considerados “associais”, além de criminosos contumazes. Durante os primeiros anos relativamente poucos judeus estiveram presos ali, com exceção dos que pertenciam a uma das categorias mencionadas – realidade posteriormente invertida com o aumento da perseguição antissemita.
O processo de degradação tinha início já na sala de registro dos prisioneiros recém-chegados, em cujo teto foi pintado em letras grandes: Há um caminho para a liberdade. Suas balizas são: Obediência, Honestidade, Asseio, Sobriedade, Trabalho Duro, Disciplina, Sacrifício, Autenticidade, Amor à Pátria.
O número de prisioneiros em Dachau, de 1933 a 1945, ultrapassou os 188 mil e provavelmente nunca se saberá ao certo o número total de suas vítimas fatais. Como em todos os campos de concentração nazistas, em seu portão de entrada um entalhe em letras de ferro afirmava: O TRABALHO LIBERTA.
- Texto e Direção: Pedro Pires
- Em cena: Eduardo Shlindwein, Fernanda Rapisarda, Guto Togniazzolo, Marcos Coin, Vera Lamy e Zernesto Pessoa
- Direção Musical: Marcos Coin
- Cenografia: Pedro Pires
- Figurinos: Guto Togniazzolo e Arieli Marcondes
- Luz: Guilherme Bonfanti
- Vídeos: Diogo Noventa
- Projeções: Bruna Lessa e Bruno Carneiro
- Operação de luz: Pedro Pires
- Operação de vídeo: Pedro Semeghini
- Fotos e Vídeo: Cacá Bernardes
- Produção: Companhia do Feijão
- Classificação etária indicativa: 12 anos
- Duração: 70 minutos
- Onde: Engenho Teatral – R. Monte Serrat 120 (ao lado do Metrô Carrão) – (11) 96888-7748
- Ingressos: gratuitos